quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Greve dos Correios continua: atenção às contas a pagar e encomendas a receber

SÃO PAULO - Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) da região da Grande São Paulo e de Sorocaba decidiram manter a greve iniciada na semana passada. A paralisação atinge parcialmente os serviços operacionais de triagem e distribuição de correspondências.

Conforme divulgou a Agência Brasil, os Correios afirmaram que nenhuma agência deixou de atender o público. Na regional que compreende a Grande São Paulo, Baixada Santista e Vale do Paraíba, a greve atinge 35% dos funcionários e no interior, regional de Bauru, 10% deles.
No entanto, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de São Paulo e Grande São Paulo (Sintect-SP), a adesão dos trabalhadores à greve no estado aumentou e pode ter atingido 90% na última terça-feira (18).
Contas a vencer
De acordo com a Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, caso a paralisação se estenda, quem tem contas
a vencer, e as receberia nos próximos dias pelos Correios, deve procurar os credores para obter outra forma de quitar a dívida sem o boleto.
A entidade afirma que a greve não isenta o cliente de pagar seus débitos até o dia exato do vencimento. A isenção só vale se a empresa não disponibilizar outra forma de pagamento.
Compras pela internet
Em razão da greve, 80 mil pessoas que compraram pela internet receberão a encomenda atrasada na cidade de São Paulo. A quantia corresponde a 17% da carga diária da empresa na categoria compras on-line, que soma 500 mil encomendas.
A maior parte das compras pela internet não chegará com atraso porque a encomenda tem caráter prioritário dentro da empresa.
Em todo o país, o sistema de entrega está normalizado, com problemas somente na cidade de São Paulo, onde o fluxo é maior. As entregas que estão atrasadas dizem respeito às unidades dos Correios que estão totalmente paralisadas. Isso porque, segundo a empresa, não existem problemas na distribuição interna das correspondências, mas com a falta de carteiros nestas unidades para entregá-las na casa dos clientes. Em outras agências que não estão paradas totalmente, a entrega está normalizada.