quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Engenheiro é encontrado morto em suíte presidencial do Thermas

O engenheiro civil Afro Alves dos Santos Filho, 52 anos, natural de São Paulo, mas que reside em Assu há 20 anos, foi encontrado morto em uma suíte presidencial do hotel Thermas, em Mossoró, por volta das 13h desta quarta (21). O delegado Rubério Vieira Pinto, da Segunda Delegacia de Polícia Civil (2ª DPC) disse que "se não aparecer nenhuma outra história, o caso fica configurado como suicídio. Ele foi encontrado dentro de uma banheira, apenas de cueca, com muito sangue ao seu redor e um revólver de calibre 38, marca Colt, com um dos dedos no gatilho. A arma estava com seis munições e apenas uma deflagrada".

Uma equipe de peritos do Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) esteve no local, oportunidade em que efetuou um minucioso exame nas dependências do apartamento e constatou que a vítima pode ter se matado com um tiro na boca. O projétil se alojou na região craniana. O cadáver foi removido para a sede do órgão e depois da necropsia, conduzido para a cidade de Assu, onde deverá ser sepultado. O engenheiro era casado, não tinha filhos, proprietário de fazendas e uma fábrica de reciclagem, além de gozar de enorme influência nos meios sociais e políticos locais. "É algo inexplicável", declarou um conhecido dele.

A administração do hotel informou, segundo o delegado Rubério Pinto, que a vítima chegou e hospedou-se naquele local às 20h, de terça-feira, usufruiu a vida social do local e depois foi para seu apartamento. Na manhã de ontem (21), ele não apareceu para tomar café, da mesma forma não saiu para o almoço e seu carro, uma Hilux de cor branca continuava estacionada no mesmo lugar, o que acabou provocando uma certa curiosidade no setor de atendimento.

Uma equipe de funcionários foi orientada a ir até o apartamento onde chamaram por Afro Alves insistentemente e como ele não abria a porta, foi utilizado um dispositivo que a unidade hoteleira dispõe para destrancar fechaduras. O quarto foi aberto, o ato foi registrado. Outras informações dão conta que engenheiro civil e empresário não carregava bagagem, pagou a diária adiantada, freqüentou o bar onde tomou uma cerveja e seguiu para seus aposentos.

No apartamento, nada foi mexido. A cama continuava arrumada e a vítima deve ter seguido direto para o banheiro onde entrou, sentou à borda da banheira e depois cometeu a atitude extrema. Com ele, os peritos do Itep encontraram apenas a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O engenheiro era proprietário de uma empresa em Mossoró, mas era em Assu onde ele mantinha o seu maior conglomerado financeiro. Naquela cidade, comentários dão conta que ele estava passando por sérios problemas de ordem financeira.

Fonte: Gazeta do Oeste