UMARIZAL - Uma mulher foi assassinada e desovada em um terreno próximo à localidade de Sítio Campos, zona rural. A vítima é Érica Aparecida da Silva Prado, 24 anos, natural de Mogi Guaçu, em São Paulo. Ela estava na companhia de seu namorado, o comerciante Milton da Costa Silva, 38.
Duas hipóteses foram levantadas e estão sendo investigadas: latrocínio (assalto seguido de morte) e ainda um crime de natureza passional, isso devido às contradições encontradas nas declarações da principal testemunha do ocorrido.
Milton Costa, natural de Olho D' água do Borges e há vinte anos residindo em São Paulo, informou que há cerca de quarenta e cinco dias tinha vindo visitar a família, mas estava radicado em Apodi. Sua companheira havia chegado há duas semanas.De acordo com o depoimento de Milton Costa, ele e Érica Aparecida retornavam de uma festa em Olho D'água do Borges, isto por volta das 3h30, e seguiam pela RN-117, em um carro tipo D20 de cor bege e placa DNI-7819-RN, quando ao aproximar-se do trevo de acesso à cidade de Lucrécia, apareceram dois desconhecidos de moto, passaram a atirar até que as vítimas estacionassem no acostamento.Um dos desconhecidos entrou na camionete e mandou que Milton Costa seguisse dirigindo, entraram numa estrada vicinal e o acusado de arma em punho exigia que ele desse conta de dinheiro. Em um determinado momento, utilizando-se de um descuido por parte de um dos assaltantes, segundo o namorado da mulher, ele conseguiu sair da cabine e enveredou pelo mato. Quando se encontrava a alguns metros de distância, ouviu o estampido de um tiro. A mulher tinha sido assassinada com um tiro na cabeça e os dois homens fugiram levando R$ 800,00 (oitocentos reais) em dinheiro e dois cordões de ouro que ela usava. No entanto, não quiseram levar o veículo.
Acerca do relacionamento amoroso existente entre eles, a testemunha disse que os dois moravam em locais distintos e nunca tiveram problemas em seu relacionamento.Em contato com a equipe de reportagem da GAZETA DO OESTE, o sargento Francisco Campos, comandante do Destacamento de Polícia Militar (DPM) do município, disse existir a forte suspeita de que a mulher possa ter sido executada pelo namorado. "São apenas hipóteses que a polícia levanta, mas não existe prova material no momento. Então, só nos resta ouvir as declarações dele, liberá-lo e avançar no processo investigatório com base nas perícias técnicas, que haveremos de solicitar ao Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP). A arma de fogo, um revólver calibre 38, não foi encontrada. A instauração do competente inquérito policial foi acompanhado pelos delegados Roberto Cláudio, titular da Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil (7ª DRPC) de Patu, e Renato Batista da Costa, que coordena a "Operação Oeste".
Fonte: Gazeta do Oeste