O Código considera crime eleitoral “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”. A justiça considera que tais benefícios podem interferir na decisão na hora do voto.
De acordo com Abelardo Correia Lima, titular da 13ª delegacia regional de Crateús, Moura transportou eleitores de Quiterianópolis para o município próximo do Novo Oriente, pra onde os beneficiados pelo transporte iriam transferir os títulos de eleitor. A prisão aconteceu por volta do meio-dia.
Segundo o delegado, ao ser informado do crime eleitoral, o juiz de comarca de Novo Oriente, César Morel, acionou uma equipe da Polícia Civil para deter o vereador. À decisão da Justiça de Novo Oriente, de primeira instância, cadê recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A prisão aconteceu na estrada de Crateús, onde foi montada uma barreira policial. Isso porque, depois que deixou os eleitores em Novo Oriente, o vereador iria levar o carro (tipo topic) a uma oficina mecânica de Crateús.
Francisco Moura foi transferido para delegacia de Novo Oriente, por determinação da Justiça, depois que foi lavrado o auto de flagrante. Até a noite de quarta-feira, o vereador continuava preso. Ele não quis falar com a imprensa.
Aberlado não soube precisar quantos eleitores foram deixados no município de Novo Oriente pelo vereador de Quiterianópolis. De acordo com o delegado, depois de identificados, todos serão chamados para prestar depoimento. O inquérito aberto pode levar até 30 dias para ser concluído.
Ao ser abordado pela polícia, Valdir Moura teria alegado que estava apenas dando carona aos eleitores, de Quiterianópolis até o fórum Eleitoral de Novo Oriente. Eleito pelo PPS, Francisco Moura tirou a segunda maior votação (1.110 votos), nas eleições de 2004.
Fonte: O POVO