Várias estradas foram destruídas, inclusive a que dá acesso à comunidade rural de Santo Antônio, a maior do município. A água arrancou parte da passagem molhada, fazendo transbordar com bastante força, impedindo o trânsito de veículos e pedestres.
Vários homens foram removidos para o local, onde trabalharam em mutirão para conter a violência da correnteza que quebrou o muro de contenção e arrancou os paralelepípedos da estrada.
O local dá acesso a mais de 10 comunidades rurais que continuam ilhadas, enquanto o problema não é resolvido.
Construções também foram atingidas na cidade e no campo. Parte das paredes dos cemitérios de Malhada Vermelha e da sede do município ruiu com a chuva, assim como o muro do Centro de Saúde, que fica no meio da cidade, e alagou parte do hospital municipal.
De acordo com informações da prefeitura, 1.200 alunos estão sem poder freqüentar as aulas por causa das estradas. 100 pessoas estão sem atendimento médico, sem falar da dificuldade das equipes do PSF chegarem até a zona rural.
O prefeito Silvestre Monteiro já alertou que irá decretar estado de calamidade. "Estamos preocupados com esta situação e, por isso, decretaremos estado de calamidade, já que os prejuízos estão além das nossas possibilidades financeiras. Vamos lutar para que os serviços essenciais como saúde, educação e transporte voltem a sua normalidade o mais rápido possível", anunciou o prefeito.
Outros açudes começam a sangrar no Oeste
Até ontem o açude público Clidenor Regis de Melo, em Itaú, continuava sangrando para a felicidade da população, que deixa de se preocupar com o abastecimento de água. A notícia chamou a atenção de muitos moradores que aproveitaram para tomar banho nas águas.
Alegria também para os agricultores e vazanteiros que aguardam agora os bons resultados da safra desse ano. Muitas barracas começam a ser instaladas também, gerando renda para algumas famílias que aproveitam a oportunidade para oferecer bebidas e alimentação aos banhistas.
Além de Itaú, sangraram também os açudes de Encanto e de Riacho da Cruz. Ainda em Severiano Melo, a população espera a sangria do açude de Malhada Vermelha. Na comunidade rural de Ipueira, o açude particular sangrou com lâmina de quase um metro.
Em Tabuleiro Grande o açude do Cajá pode sangrar a qualquer momento. Com isso chega ao fim o dilema do problema de abastecimento na cidade, que estava causando inúmeros problemas para os moradores.
Para garantir estabilidade com relação ao fornecimento de água, a prefeita Maria Miriam conseguiu recursos da ordem de R$ 500 mil com a Funasa para uma adutora que trará água do açude Clidenor Regis de Melo em Itaú.
Por Jotta Paiva