terça-feira, 13 de novembro de 2007

Polícia Federal desarticula organização e recupera mais de R$440 mil em dinheiro

A Polícia Federal de Mossoró, cumprindo uma série de mandados de buscas nesta cidade e em São Miguel, no Alto Oeste potiguar, acabou por prender quatro homens, entre eles um que participou diretamente no arrombamento e furto à agência do Banco Central de Fortaleza no mês de agosto de 2005, de onde foram levados R$164,7 milhões de reais em dinheiro. São eles: José Marleudo de Almeida, que utilizava uma identidade falsa em nome de Luiz Pedro de Sá, e ainda Jailson Leôncio de Carvalho, 25 anos; Francisco Gledson de Freitas, 24; Antônio Marcos de Freitas, 21 anos; e João Lindomar de Almeida, 19 anos.

Foram apreendidos R$443 mil em dinheiro, sendo R$ 8 mil em uma chácara localizada na Rua Vingt Rosado Neto, 396, no bairro Alto da Pelonha em Mossoró e onde José Marleudo havia fixado residência, e também duas armas de fogo - uma pistola calibre 380 e uma espingarda; mais R$415 mil dentro de uma caixa de isopor enterrada no quintal da casa dos pais dele, situada na Rua Francisco Borges, 40, no Núcleo Sabino Leite em São Miguel e ainda R$20 mil com Francisco Gledson, um dos homens acusados de lavagem de dinheiro.

A PF vinha trabalhando para encontrar José Marleudo e seus comparsas já há algum tempo. No fim da semana passada, o bando começou a ser desarticulado, sem que nenhum dos quatro homens esboçasse qualquer reação. Todos estão mantidos presos em local não divulgado e por um período de cinco dias. Após isso, eles poderão ser soltos e passarão a responder ao processo em liberdade.

Desta facção da numerosa quadrilha de arrombadores, mais sete se encontram foragidas. "Nós queremos com isso mostrar que a Polícia Federal não está disposta a aceitar que este tipo de coisa possa continuar acontecendo. Por outro lado, José Marleudo errou muito ao escolher Mossoró para se esconder e a partir da prisão dele mais gente envolvida no caso será capturada", disse o agente federal Paulo Nascimento.

Depois do crime praticado contra a instituição de crédito, um dos maiores roubos da história do Brasil, componentes do grupo já foram presos, seqüestrados, mortos e outros estão foragidos.

Para conseguirem entrar na agência do BC em agosto de 2005, a quadrilha demorou quase dois anos construindo um túnel subterrâneo que atravessava uma rua no centro da cidade e um dos pontos de maior movimentação.

Fonte: Gazeta do Oeste