terça-feira, 20 de novembro de 2007

Padre acusado de desvio de R$ 60 mil em Jardim de Piranhas

Está para ser julgado na comarca de Jardim de Piranhas um processo movido pela Diocese de Caicó contra o padre Joíldo Dutra de Medeiros, sob acusação de desvio de R$ 60 mil. A ação foi movida na época do administrador diocesano Francisco de Assis Dantas de Lucena, através do advogado Vital Bezerra de Oliveira.

Joíldo Dutra foi nomeado administrador paroquial de Jardim de Piranhas em 2001 pelo então bispo Jaime Vieira da Rocha. No dia 12 de julho de 2005, padre Joíldo Dutra foi afastado de suas funções por causa de acontecimentos que não vinham agradando a igreja.

O questionamento feito pela Diocese de Caicó é que nas prestações de contas apresentadas pelo padre ele não citava uma conta bancária da agência do Bradesco nem os valores existentes na mesma, que tinha como titular a paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos. A Diocese de Caicó afirma no processo que o padre fez quatro saques referentes à aplicações financeiras que somaram R$ 60 mil, dinheiro esse que não foi destinado à igreja.

Joíldo Dutra, em sua defesa no processo disse que ao assumir a paróquia instalou o conselho econômico com membros da comunidade jardinense, que determinava os gastos e elaborava a prestação de contas que era enviada para a apreciação do administrador diocesano, Francisco Lucena.

Com relação aos R$ 60 mil, o padre Joíldo Dutra disse em depoimento no processo que o dinheiro lhe pertencia e que movimentou o valor na conta da paróquia por “infelicidade e falta de conhecimento”. O montante movimentado na conta, segundo Joíldo Dutra, foi fruto de rendimentos de cinco anos como sacerdote em Timbaúba dos Batistas, São Fernando e Jardim de Piranhas, além de ter exercido as funções de secretário municipal de ação social e professor em duas escolas particulares no município onde era pároco.

O padre também informou que ensinava na Faculdade de Teologia administrada pela Diocese de Caicó. Ele declarou que ao ser afastado da igreja deixou em caixa, na conta da paróquia da agência do Bradesco, um saldo positivo.

O processo foi concluído para ser julgado pelo juiz da comarca de Jardim de Piranhas, José Vieira de Figueiredo Júnior. “Vamos aguardar a decisão da justiça, o padre Joíldo se encontra tranqüilo exercendo suas funções, hoje afastado da igreja, como foi realmente relatado, exercendo a profissão de professor e de secretário municipal de Jardim de Piranhas”, disse o advogado Marx Hélder Pereira Fernandes, que defende o padre no processo.

Fonte: DN Seridó