sexta-feira, 19 de outubro de 2007

PF abre investigação contra Bispo Edir Macedo

NA MIRA - Com base em uma denúncia do ex-deputado estadual Afanasio Jazadji (DEM) apresentada há dois anos, a Polícia Federal decidiu abrir investigação sobre o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, pela suposta prática de crimes de falsidade ideológica, contra a fé pública, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

O inquérito será conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, informou a superintendência regional da PF em São Paulo.Jazadji juntou à representação cópia de documento que o bispo teria assinado, em 2003, quando teria se mudado para os Estados Unidos. Nesse documento, Macedo informou que no ano anterior teve rendimento tributável de R$ 8.289,60. Na época, ele já era controlador da Rede Record de Rádio e Televisão.

O ex-deputado reforçou a denúncia com dados que obteve na 39.ª Vara Cível da Capital, onde tramitava uma ação ordinária de revogação de doação por ingratidão que um ex-obreiro da Universal moveu contra o bispo."Com artifícios, (o bispo) conseguiu do obreiro e de seu irmão a fabulosa quantia de US$ 3,2 milhões", alegando aos crédulos da seita que precisaria daquele numerário "para fechar suas contas com a Receita Federal", assinala o ex-deputado. "Em verdade, foi um pedido de empréstimo que acabou se transformando em doação forçada."O ex-deputado destacou declaração do advogado Rodrigo Pereira Adriano, da Universal, anexada aos autos daquela ação judicial. "Edir Macedo não tem nenhum vínculo jurídico/estatutário com a Universal, não faz parte de sua diretoria, bem como não reside neste País", assinalou o advogado.

A legislação que disciplina a concessão para exploração de veículos de comunicação exige que os diretores executivos dessas empresas sejam brasileiros e residam no País. Para Jazadji, o líder da Universal teria se apropriado de recursos da igreja para formar patrimônio pessoal em empresas de comunicação.